quarta-feira, julho 08, 2009

Fofura Tem Preço

"Que bonitinha, que fofa! Mamãe, deixa eu levá-la para casa" e a progenitora cede aos apelos da filhinha, sem pensar muito nas consequências. Resultado: abandono posterior. Essa constância de comportamento é corriqueira, todo mundo conhece um primo do amigo do conhecido que já cometeu esse tipo de atrocidade. O que pouco se fala, que mal se vê, todavia está embutido no cerne do problema é a falta de discernimento na hora da adoção animal.
Posse responsável é o que qualquer pessoa que adota um cão deve ter claro na cabeça. Ressaltaremos alguns itens da cartilha do adotante de ouro. Um cachorro vive bastante, de 15 a 20 anos, com diversas fases: infância, choros de madrugada, roeção de chinelo; juventude, energia saindo pelas ventas; velhice, alteração do metabolismo e doenças senis. A nutrição deve ser adequada, ração é o ideal, atentando-se para as de boa e de má qualidade, água é "open bar", à vontade. Atenção à higiene do animal, banhos e tosas, e do local, afinal seu animal de estimação não é um porco. A Prevenção de Doenças é fundamental, as famigeradas vacinas que defendem o sistema imunológico do bichinho. A Castração é primordial, um animal nessas condições vive mais, já que suas chances de desenvolver infecções e câncer no seu aparelho genital são menores. Além de ficarem mais mansos, menos ansiosos no período do cio. Eles não irão engordar, nem eles nem vocês, se vocês mantiverem seus hábitos saudáveis. De acordo com pesquisas recentes, cada casal de animal pode gerar ao fim de seis anos 67 mil descendentes. E depois quem leva a fama de viris são os coelhos e hamsters!
Esses sãos os principais mandamentos do adotante de ouro. Sem esquecer a determinação básica de alguém interessado em companhia canina para as próximas décadas: "Não Abandonarás!". Senão, situações como esta em que a cachorrinha das fotos se meteu, não deixarão de acontecer. Abandonada, há dois meses elegeu um lugar para passar a maior parte do seu tempo, perambular por aí cansa. Ganhou a atenção dos moradores locais, comida, água e um pouco de carinho. Pouco para um ser tão dependente, ultimamente, perceberam que está a cada dia mais magra, de olhar cabisbaixo e muito calada. Fica ali na sarjeta, tremendo de frio, embaixo de chuva, muito assustada, porque por mais que tente se fazer despercebida, sempre tem um ou outro, que desprovidos de alma, atiram pedras na coitadinha.




Contatos para adoção (Arthur Alvim, Zona Leste de São Paulo):
Brenda ou Climene. Tel.: (11) 2748-1221
Alex, marido da Climene. E-mail: alex.modelagem@hotmail.com