sexta-feira, março 12, 2010

Malu, castrada pela vida

Castração animal é um tema inicialmente bastante controverso. O senso comum prega que a prática é uma judiação com o bichinho. Para tentar quebrar esse preconceito, o médico veterinário Dr. Wilson Grassi, autor do livro "Como cuidar de seu cão e gato de forma responsável" propõe uma reflexão acerca de pontos-chave para tentar minimizar aquela natural resistência dos adoradores dos animais. Vamos a ela. 
São Paulo tem uma grande população de cães, mais de três milhões, traduzindo em miúdos, um cão para cada quatro pessoas. Desse total, um terço está desamparada, um milhão de focinhos ao relento. De acordo com suas observações, já há uma maior variedade de raças dentro desses sem-teto, poodles, cockers, pit bulls, entre outras. A maioria deles está na região leste, São Miguel, São Matheus, Cidade Tiradentes, Guaianazes, só para citar alguns bairros. 
Vivendo como Deus quer, sem um tutor, alguns ainda contam com simpatizantes que gostam de sua presença rápida nos arredores, mas que não são capazes de protegê-los, estando então submetidos a condições muito adversas, como atropelamentos, frio, fome, viroses, envenenamentos... Desgraçados que estão, ainda se tornam um problema de saúde pública uma vez que que se tornam vetores de doenças para os humanos. 
Ninguém quer ver um cão passando por esse sufoco chamado vida nas ruas, todavia muitos não tem uma perspectiva correta do problema. O cruzamento indiscriminado, acreditado pelos donos como uma forma de bem-estar dos bichinhos, resulta em muitas ninhadas abandonadas à própria sorte. 
Para mudar a ventura dos animais domésticos de hoje e reduzir a super-população, a castração se torna fundamental para os donos e seus tutelados. Procedimento rápido, seguro e bastante acessível à população, traz outras vantagens para os pacientes, previne o câncer de mama e de próstata, além de infecções uterinas comuns em cadelas mais idosas. E o melhor de tudo, a prefeitura disponibiliza castrações gratuitas aos interessados na saúde de seus protegidos. 
A Malu, recolhida das ruas há menos de uma semana, já está no caminho da posse responsável. Será entregue castrada ao adotante. Abandonada sábado passado, 6, em uma caixa de papelão na porta de sua protetora, já está ampla e folgadamente instalada na casa. Saiu do aperto, literalmente. Tem como característica principal a proteção da casa, sempre zela por seus tutores. Ela, ao contrário de muitos cães retirados da rua, vende saúde, possui peso bom, pelo brilhante e nenhuma ferida, apenas marcas de uma vida que deve ficar no passado, como experiência ruim. 
Características:
- pequeno porte; 
- aproximadamente cinco meses;
Contatos para adoção, São Paulo - SP:
Fanny Schües
E-mail: fanny.schues@uol.com.br